Em busca de uma abordagem multidirecional

Pensando no processo educacional e nas minhas vivências em sala de aula, percebi o quanto a troca de conhecimentos é limitante, visto que o mesmo acaba sendo fornecido de maneira unidirecional. Não entendeu? Em muitas salas de aula, o professor se torna o principal detentor de conhecimento sendo o único responsável por transmitir o conteúdo para os alunos. Porém, se pensarmos que todos nós somos detentores de conhecimento e que nossas vivências e experiências nos permitiram ter um olhar singular acerca do mundo e sobre os diversos temas, porque o aluno acaba sendo "excluído" desse processo de ensino? E é diante dessa reflexão que direciono a discussão para os softwares livres e seu uso em sala de aula. 

O artigo "Software livre e formação de professores: para além da dimensão técnica" de BONILLA (2012) aborda bastante sobre essa temática. Se pensarmos que o aumento da demanda dos professores levou a desconstrução de uma formação rígida em busca de novas potencialidades, isso possibilitou o uso o softwtare livre como uma tecnologia a ser utilizada nesse espaço. Porém, isso não ocorreu de maneira ideal visto que existe uma dificuldade dos professores para utilizar esses sistemas e aplicativos o que nos leva a pensar sobre a fragilidade do domínio dessa tecnologia e a necessidade de uma formação mais ampla.

Além disso, se pensarmos no princípio de democratização do acesso ao conhecimento e a tecnologia é necessário garantir a liberdade dos softwares livres pensando em uma perspectiva colaborativa o que nos remete ao princípio de interatividade que precisa ser valorizado na Educação. Só por meio dessa liberdade é que a singularidade dos sujeitos envolvidos no processo educacional, não se restringindo apenas ao professor mas abarcando os alunos e até mesmo seus familiares, será valorizada evitando o aprisionamento do conhecimento em apenas um sujeito. 

Carol Ataide

Comentários

  1. É isso Anna. a democratização do conhecimento pressupõe e liberdade de acesso e produção do mesmo, portanto, os softwares que são a base da produção do conhecimento na contemporaneidade, não podem ser tomados como mera mercadoria, a mercê do mercado. Precisa ser tomado como bem científico e cultural, disponível para a sociedade.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas