Pensando um pouquinho sobre o que foi discutido em sala de aula acerca da necessidade de novos modelos nos espaços de conhecimento, acho interessante explanar alguns tópicos que fizeram parte dessa discussão que foi bem interessante.
Se pensarmos que o ato de "navegar" está cada vez mais avançado, é interessante ter em mente que isso não ocorreu de uma hora para outra mas que passou por diversas etapas até chegar aos dias atuais. Ao discutirmos os capítulos X e XI do livro Cibercultura de LÉVY (1999) diversos apontamentos e desconstruções acerca desses capítulos foram abordados.
As tecnologias artificiais englobam sistemas que auxiliam na capacidade de pensar e articular com o digital. Se pensarmos, por exemplo, em um dos serviços da internet temos a Web que é um serviço hipertextual bastante utilizado. Ao longo do tempo vivenciamos a web 1.0 que ao funcionar como um "modelo" de jornal não possibilitava a interação entre seus usuários; a web 2.0 que já abarcou a possibilidade de interação e produção sendo o período do surgimento e sucesso dos blogs e permitindo que os usuários se expressassem e explorassem sua criatividade; por fim temos a web 3.0 que buscou automatizar as buscas na qual podemos pensar nos famosos "knowbots" que são os rôbos inteligentes o que nos leva a pensar na inteligência artificial. Embora essa automatização aparentemente seja bastante útil é necessário refletir que talvez ela esteja se tornando limitante ao nos prender a determinados contextos. Não entendeu? Então aqui vai um exemplo:
Atualmente a Netflix, provedor global de filmes e séries via streaming tem uma vasta coletânea de filmes organizados por categorias de acordo com o gênero. Nunca lhe ocorreu que os filmes que aparecem na sua netflix sempre abordam a mesma temática que você assiste? Ou seja, se você gosta de filmes românticos as principais sugestões, se não todas, são acerca desse gênero. Mas se por acaso você desejar assistir um filme de terror, raramente aparecerão sugestões sobre esse tema e se você não pesquisar o site não irá sugerir nada sobre esse gênero. Logo, o que iria facilitar suas buscas acaba limitando pois você nunca saberá as novidades sobre outros estilos de filme.
E isso na área educacional acaba não sendo tão interessante e se pensarmos que o potencial educacional está ligado principalmente a interação, talvez a web 2.0 seja mais interessante e pertinente visto que possibilita esse aspecto por meio da produção. Por fim, como sugestão para você refletir um pouco sobre a inteligência artificial indico o filme "Her" de Spike Jonze (2014) disponível na Netflix.
Espero que vocês tenham se interessado pela postagem! Até a próxima! Abraços
Carolina Ataide
boa síntese Anna, e o exemplo da Netflix evidencia bem o quanto estamos limitados aos perfis produzidos a partir de nossos próprios movimentos na rede, que facilita quando queremos mais do mesmo, mas dificulta quando estamos buscando novidades, informações que fujam ao nosso próprio padrão, talvez onde estejam justamente as possibilidades de alargar nossas visões de mundo e de produção de conhecimentos
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